Rodrigo Alves Portela Martins

Apresentação

Professor Associado do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Coordenador do Laboratório de Neurodesenvolvimento e Neurodegeneração da UFRJ (LaNN-UFRJ), Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ, 2014-2017). Orientador permanente do Programa de Ciências Morfológicas do ICB/UFRJ e orientador colaborador do Programa de PG em Biofísica do IBCCF/UFRJ. Membro do Conselho Diretor da Sociedade Latinoamericana de Biologia do Desenvolvimento (LASDB). Graduado em Ciências Biológicas pela UFRJ (1997). Mestrado em Biofísica (2000) e Doutorado em Ciências (2004) pelo IBCCF da UFRJ. Pós-doutoramento em Biologia do desenvolvimento e tumorigênese do sistema nervoso central (SNC) no St Jude Childrens Research Hospital, EUA (2005-2008). Principais interesses científicos: Estudo da instabilidade genômica durante o desenvolvimento e degeneração do SNC e efeitos da COVID sobre o SNC.

E-mail: rodrigo.martins@icb.ufrj.br

Tel: +55 21 39380388, ramal: 133

Linha de pesquisa

No laboratório de Neurodesenvolvimento e Neurodegeneração da UFRJ (LaNN, UFRJ, https://martinslab.co), investigamos as bases celulares e moleculares da formação e da degeneração do sistema nervoso, incluindo o cérebro e a retina. Atualmente, nosso grupo desenvolve duas linhas de pesquisa (https://martinslab.co/linha-de-pesquisa/):

  1. Instabilidade genômica e sinalização de danos de DNA no desenvolvimento e degeneração do sistema nervoso central;
  2. Bases celulares e moleculares dos efeitos do COVID-19 no sistema nervoso central

Publicações em destaque

Linha de Pesquisa 1: Instabilidade genômica e sinalização de danos de DNA no desenvolvimento e degeneração do sistema nervoso

A manutenção da estabilidade genômica é fundamental para a saúde humana. Mutações em genes necessários para sinalizar alterações na estrutura do DNA estão associadas a uma maior incidência de câncer, de doenças neurodegenerativas e envelhecimento precoce. Dessa forma, a manutenção da integridade genômica no sistema nervoso central (SNC) é essencial para prevenir doenças neurológicas.

As etapas iniciais de formação do SNC dependem da rápida ampliação da população de células progenitoras neurais, células que dão origem aos neurônios e glia. Durante sua replicação, o DNA se encontra mais vulnerável, pois suas fitas são expostas nas forquilhas de replicação. Durante a síntese de DNA, eventos de retardamento ou parada das forquilhas de replicação são denominados de estresse replicativo. A geração de forquilhas aberrantes expõe fitas simples de DNA e ativa vias de sinalização intracelular que coordenam as respostas celulares ao estresse replicativo (RSR). Durante a neurogênese, são frequentes danos de DNA decorrentes de erros na replicação do DNA e altos níveis de estresse replicativo podem induzir parada do ciclo celular, morte celular, senescência, inflamação, entre outras respostas que podem culminar em doenças neurológicas.

No LaNN, investigamos como a resposta ao estresse replicativo é importante para o desenvolvimento do SNC, assim como para sua degeneração. Utilizamos diversas técnicas de inativação tecido-específica de genes, cultivo de células e tecidos neurais, análises histológicas e de microscopia, análises de transcriptômica, entre outras. Dessa forma, queremos compreender como a perda de função de genes necessários para a resposta ao estresse replicativo culmina em defeitos no neurodesenvolvimento e neurodegeneração. Publicações do LaNN-UFRJ podem ser acessadas em https://martinslab.co/artigos-cientificos/

Linha de Pesquisa 2: Bases celulares e moleculares dos efeitos do COVID-19 no sistema nervoso central

A COVID-19 é causada pelo coronavírus 2 (SARS-CoV-2) e é uma prioridade absoluta da agenda de saúde global. Embora a apresentação clínica predominante seja de uma doença respiratória, sabe-se que COVID-19 é uma doença sistêmica, e diversas manifestações neurológicas foram descritas.

Apesar da maioria dos pacientes se recuperar da COVID-19 em semanas, alguns apresentam complicações que podem durar meses. Esta condição, conhecida como “pós-COVID”, é caracterizada por uma variedade de problemas e até 80% dos pacientes infectados podem desenvolver um ou mais sintomas de longo prazo. Em humanos, diferentes tecidos do sistema nervoso central (SNC) são afetados pela COVID-19 durante a fase sintomática e após a recuperação.

Neste cenário sem precedentes é crucial estudar as bases celulares e moleculares das manifestações neurológicas causadas pela infecção por SARS-CoV-2, pois possíveis medidas preventivas e/ou terapêuticas dependem de uma melhor compreensão da patogênese da COVID-19 no SNC. Planejamos estudar os efeitos agudos da infecção por SARS-CoV-2, assim como suas consequências após a recuperação em diferentes tecidos do SNC, incluindo o cérebro e a retina. Publicações do LaNN-UFRJ podem ser acessadas em https://martinslab.co/artigos-cientificos/

Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas