Doutorado

Apresentação

O doutorando selecionado para fazer parte do PCM escolhe desenvolver pesquisa em uma de nossas seis áreas de concentração: Anatomia Básica e Clínica, Biologia Celular, Biologia do Desenvolvimento, Biologia Tecidual, Neurociências Básica e Clínica, e Patologia.

Quanto aos créditos, todo o aluno deve obter o mínimo de 450 horas (30 créditos) para o Doutorado (1 crédito = 15 horas). O desempenho em cada disciplina é avaliado de acordo com os critérios fixados pelo professor responsável e expresso como conceitos. São considerados aprovados os alunos que obtiverem conceitos A, B ou C, e reprovados os que obtiverem D. Para um cumprimento rigoroso das normas e regras referentes à inscrição, matrícula, validação, exames, defesas, bancas etc., estas estão divulgadas na página do PCM e compiladas num “Manual do PCM”, elaborado e atualizado pela Coordenação.

celina 1_1 (1)

Além de cumprir os créditos referentes às disciplinas do ciclo de formação, todos os alunos devem ser aprovados nos seguintes exames, nos prazos estipulados, para que possam defender sua dissertação/tese:

– Doutorandos: Instituímos o acompanhamento contínuo, visando promover um melhor monitoramento dos progressos e eventuais dificuldades encontradas ao longo dos 4 anos da tese: Seis meses após a matrícula o aluno e o orientador escolhem dois professores para compor a banca de acompanhamento, a ser apreciada e homologada pela comissão coordenadora e frente à qual o aluno apresentará seus resultados ao completar 12, 24 e 36 meses. Este processo visa promover a discussão científica crítica e aberta das metodologias usadas, resultados, análise de dados, e publicações. Até o 3º ano de sua matrícula, o aluno de 10 doutorado deve também realizar o Exame de Conhecimentos Gerais, que consta de uma aula em nível de PG sobre um tema distinto daquele de seu projeto. Tanto mestrandos quanto doutorandos devem realizar obrigatoriamente um exame de língua estrangeira.

Além das disciplinas regulares, o aluno do PCM tem a oportunidade de participar de outras experiências inovadoras de formação, sempre encorajadas pela Coordenação:

Organização de eventos: O protagonismo do aluno na sua própria formação faz parte das experiências inovadoras do pós-graduando do PCM. Nossos alunos PG tem a oportunidade de participar na organização de eventos científicos, como os alunos do PCM tem outra grande oportunidade de formação que é a sua participação nos Cursos de Verão do PCM.

Vários projetos apresentam grande sobreposição e interface entre estas áreas, caracterizando a investigação multidisciplinar. Da mesma forma, as linhas de pesquisa são divididas e tem nome idêntico às áreas de concentração. Esta coincidência tem por objetivo facilitar ao aluno a escolha de sua área de concentração para o desenvolvimento de seu projeto de pesquisa. O candidato ao Doutorado passa por um processo seletivo que avalia seu conhecimento básico em uma das áreas de concentração escolhidas.  Enquanto as linhas de pesquisa têm caráter geral, de forma a abarcar uma grande variedade de projetos, os projetos variam de acordo com a expertise dos orientadores, que buscam desenvolver pesquisa na fronteira do conhecimento, adequando seus projetos de pesquisa para acompanhar os avanços da ciência mundial.

Logo, recomenda-se ao candidato ao mestrado entrar em contato com um docente credenciado no PCM para obter maiores informações sobre suas linhas de pesquisa e sobre o processo de seleção do Programa.

Principais linhas de pesquisa

Projetos em andamento por linha de pesquisa e seus coordenadores. 

Biologia Celular

A Biologia Celular, que aqui visa entender o funcionamento da célula animal e suas disfunções, é a base de praticamente todas as áreas compreendidas nas Ciências Morfológicas, em especial nos projetos desenvolvidos junto ao PCM. Desta forma, muitos são os projetos quem tem uma interface com este teor. Ressaltamos aqui apenas alguns que estão centrados no entendimento dos mecanismos celulares e sua regulação: Projetos: Estudo das interações celulares no endométrio tópico humano (Luiz Eurico Nasciutti); Avaliação do potencial terapêutico de células tronco embrionárias humanas e de 5 pluripotencialidade induzida (Stevens Rehen); Controles celulares e moleculares da hematopoiese (Márcia Cury); Glioblastoma e sua interação com o parênquima (Vivaldo Moura Neto); Pesquisa sobre diferenciação muscular e citoesqueleto em cultura de células (Manuel Costa e Claudia Mermelstein).

Biologia Tecidual

Enquanto a Biologia Celular é fundamental ao entendimento dos processos celulares e subcelulares, a Biologia Tecidual agrega um nível adicional de complexidade, quando da interação entre as células surge o tecido organizado com propriedades emergentes. Fazendo parte desta linha estão projetos que visam o entendimento da formação e composição dos tecidos, assim como aqueles que buscam desenvolver estratégias para reposição através da Bioengenharia tecidual. Projetos: Biomateriais complexos para medicina regenerativa e liberação de drogas, Biomateriais nanoestruturados para engenharia óssea (Marcos Farina); Estabelecimento de modelo epidérmico humano in vitro (Márcia Cury); Mecanismos de controle espacial da atividade de BMPs em epitélios polarizados (Helena Araújo); Estudo in vitro e clínico com extrato de babaçu para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (Luiz Eurico Nasciutti).

Biologia do Desenvolvimento

A Biologia do Desenvolvimento é a versão contemporânea da Embriologia, que incorpora outras disciplinas como genética, biologia celular e molecular. Esta área de investigação e utiliza de variados modelos biológicos e busca evidenciar os mecanismos que controlam o crescimento, a diferenciação celular e o estabelecimento de padrões morfológicos complexos ao nível do organismo. Projetos: Regulação da Organogênese Ocular por Fatores de Transcrição Myc (Rodrigo Martins); Estabelecimento de eixos de padronização durante o desenvolvimento de artrópodes, (Helena Araujo); Estudo da correlação entre as vias de sinalização de TGF-b1 e LPA no desenvolvimento do cortex cerebral (Flávia Gomes); Controle da aneuploidia e diferenciação em células tronco embrionárias (Stevens Rehen); O embrião de Xenopus como organismo modelo no estudo sobre a interpretação de sinais no desenvolvimento (José Garcia Abreu); Caracterização bioquímica e morfológica da hemolinfa do cordado Styela plicata (Silvana Allodi); Métodos genômicos e computacionais para o estudo funcional de genes cruciais ao desenvolvimento de insetos vetores e pragas agrícolas (Rodrigo Nunes-da-Fonseca).

Anatomia Básica e Clínica

Recentemente a Anatomia teve grande renovação devido aos avanços tecnológicos na área. Assim, obteve-se um ganho na qualidade e quantidade de informações passíveis de serem coletadas, permitindo o entendimento mais profundo da organização de estruturas e órgãos normais e alterados. Projetos: Biomarcadores anatômicos dos tumores cerebrais por técnicas quantitativas de RM (Vivaldo Moura Neto); Biomineralização: Biologia estrutural e biomimética (Marcos Farina); Novos métodos de diagnóstico por imagem (Fernanda Tovar); Quantos bilhões de neurônios? Análise quantitativa de células neuronais e gliais no cérebro de diferentes espécies (Roberto Lent).

Neurociências Básica e Clínica

A Neurociência é uma àrea abrangente que engloba desde a diferenciação das celulas neurais, sua organização em redes neurais, até o entendimento de suas respostas fisiológicas e comportamentais. No PCM, vários grupos buscam fazer a ponte entre o conhecimento básico do seu funcionamento a nível celular e tecidual e seus efeitos sobre o funcionamento do sistema nervoso, na busca de apontar alternativas para o tratamento de doenças associadas ao sistema nervoso Projetos: Fisiopatologia de Doenças Neurodegenerativas (Fernanda de Felicede); Pesquisa translacional na Doença de Alzheimer (Sergio Ferreira); Instituto da Glia Prosul: Estudo de determinantes moleculares e celulares na formação e disfunção sináptica (Flávia Gomes); 6 Interação microglia-glioblastoma: o papel de fatores microgliais na progressão tumoral (Flávia Lima); Neurosciência translacional: Modelagem celular e sistêmica de doenças do sistema nervoso (Roberto Lent); Treinamento cerebral computadorizado para idosos (Rogério Panizutti); Fisiopatologia das doenças crônico degenerativas e suas conexões com o processo inflamatório (Claudia Figueiredo); Mecanismos moleculares associados ao dano tecidual e aos prejuízos neurológicos induzidos por alphavírus artritogênicos (Julia Clarke); Mecanismos celulares da Síndrome Congênita do Zika (Patricia Garcez).

Patologia

Comportamentos celulares e teciduais que levam ao comprometimento da regulação da diferenciação, do ciclo celular, e da relação de organização estrutural das células para a formação de tecidos e órgãos caracterizam patologias morfofuncionais. Projetos: Miopatias inflamatória idiopáticas: papel dos mediadores inflamatórios e das células dendríticas na evolução da doença (Claudia Benjamin); Avaliação Molecular em larga escala para identificar marcadores tumorais (José Garcia Abreu); Identificação e desenvolvimento de biomarcadores moleculares em doenças hematológicas malignas (Morgana Castello Branco); Investigação dos mecanismos moleculares responsáveis pela carcinogênese do trato gastrointestinal (Helena Borges); Efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes da própolis sobre o enfisema pulmonar (Samuel Valença); Gliomas – reflexos da interação neurônio-glia na glia tumoral e normal (Vivaldo Moura-Neto); Atividade das proteases calpaínas no músculo esquelético do camundongo Mdx com distrofia muscular de Duchene (Claudia Mermelstein).

Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas

Contribuindo para a formação de um docente-pesquisador de alto nível científico, competente, comprometido com a importância da atividade científica para o desenvolvimento do país