Leandro Miranda Alves

Apresentação

Graduado em Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Ciências (Biologia Celular) pela Fundação Oswaldo Cruz, Doutor em Ciências (Farmacologia e Química Medicinal) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Pós-Doutor em Neuroendocrinologia pelo Max Planck Institute of Psychiatry. Atualmente é Professor Associado II do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Orientador Permanente do Programa de Pós-Graduação em Endocrinologia da Faculdade de Medicina e do Programa de Pós-graduação em Farmacologia e Química Medicinal do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira/Ministério da Educação, Membro da Sociedade Brasileira de Biologia Celular, da Latin American Thyroid Society e da European Society of Endocrinology, Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE-FAPERJ)(2014-2017), Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ – Nível 2 (2018-2020), CNE-FAPERJ (2021-atual), Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ – Nível 2 (2022-xxxx) e Membro do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2022-xxx). Atuando principalmente na linha de pesquisa: Mecanismos Celulares e Moleculares da Ação de Desreguladores Endócrinos.

 (Texto informado pelo autor)

Linha de pesquisa

O termo desreguladores endócrinos (DE) define uma substância ou uma mistura de substâncias exógenas que alteram uma ou várias funções do sistema endócrino, com efeitos adversos sobre a saúde do organismo.  Os impactos dos DE ocorrem por interferência na ação, produção, liberação, metabolismo ou eliminação dos hormônios, mimetizando ou antagonizando seus efeitos naturais. Muitas vezes, agem por mecanismos epigenéticos, o que explica sua atuação transgeracional, capaz de envolver a prole do indivíduo exposto e até as gerações seguintes.

Nosso grupo de pesquisa vem tentando entender os mecanismos celulares e moleculares subjacentes à exposição a DE em particular o, tributiltin, irgarol, metilparabeno, triclosan e piriproxifeno no eixo HPT, no metabolismo e função reprodutiva. Para isto, utilizamos modelos animais: ratos Wistar adultos jovens machos e fêmeas, zebrafish wild-type e transgênico e cultura de células de tireoide de ratos e humanas (organoides). Nesse sentido, podemos destacar os seguintes projetos que se encontram em desenvolvimento:

1 – Exposição ao tributilestanho, bisfenol S e a mistura de TBT e BPS no eixo HPT, metabolismo e função reprodutiva de ratas Wistar fêmeas adultas jovens.

2- Efeitos do piriproxifeno (larvicida) em zebrafish wild-type and transgênico (mutação BRAF600E condicionada à tireoide).

3- Impactos de doses ambientalmente relevantes de metilparabeno (produtos cosméticos) no eixo HPG de ratos adultos machos e fêmeas adultos jovens e no zebrafish.

4- Mecanismos moleculares envolvidos na exposição a diferentes doses de bisfenol S (BPS) no fígado de camundongos machos com obesidade induzida por dieta.

5- Alterações celulares e moleculares promovidas pela exposição aguda e crônica ao irgarol em ratos wistar machos e fêmeas adultos jovens.

6- Estabelecimento e caracterização de cultura de células de tireoide em 3D (organoides) para o estudo dos mecanismos moleculares de desreguladores endócrinos.

Publicações em destaque

Linha de Pesquisa: Mecanismos Celulares e Moleculares da Ação de Desreguladores Endócrinos

  1. 1-Frontiers in endocrine disruption: Impacts of organotin on the hypothalamus-pituitary-thyroid axis. Santos-Silva AP, Andrade MN, Pereira-Rodrigues P, Paiva-Melo FD, Soares P, Graceli JB, Dias GRM, Ferreira ACF, de Carvalho DP, Miranda-Alves, L. Mol Cell Endocrinol. 2018 460:246-257. doi: 10.1016/j.mce.2017.07.038. 

    2- The environmental contaminant tributyltin leads to abnormalities in different levels of the hypothalamus-pituitary-thyroid axis in female rats. Andrade MN, Santos-Silva AP, Rodrigues-Pereira P, Paiva-Melo FD, de Lima Junior NC, Teixeira MP, Soares P, Dias GRM, Graceli JB, de Carvalho DP, Ferreira ACF, Miranda-Alves L. Environ Pollut. 2018, 241:636-645. doi: 10.1016/j.envpol.2018.06.006.

    3- Relevant dose of the environmental contaminant, tributyltin, promotes     histomorphological changes in the thyroid gland of male rats. Rodrigues-Pereira P, Macedo S, Gaspar TB, Canberk S, Selmi-Ruby S, Máximo V, Soares P, Miranda-Alves L.Mol Cell Endocrinol. 2020, 502:110677. doi: 10.1016/j.mce.2019.110677.

    4- Subacute and low-dose tributyltin exposure disturbs the mammalian hypothalamus-pituitary-thyroid axis in a sex-dependent manner. Rodrigues-Pereira P, Andrade MN, Santos-Silva AP, Teixeira MP, Soares P, Graceli JB, de Carvalho DP, Dias GRM, Ferreira ACF, Miranda-Alves L. Comp Biochem Physiol C Toxicol Pharmacol. 2022, 254:109279. doi: 10.1016/j.cbpc.2022.109279.

    5-Environmentally relevant dose of the endocrine disruptor tributyltin disturbs redox balance in female thyroid gland. Andrade MN, Melo-Paiva FD, Teixeira MP, Lima-Junior NC, Soares P, Graceli JB, Carvalho DP, Morris EAR, Ferreira ACF, Miranda-Alves L. Mol Cell Endocrinol. 2022; 553:111689. doi: 10.1016/j.mce.2022.111689.

    6- Evaluation of the effects produced by subacute tributyltin administration on vascular reactivity of male wistar rats. Mendes ABA, Motta NAV, Lima GF, Autran LJ, Brazão SC, Magliano DC, Sepúlveda-Fragoso V, Scaramello CBV, Graceli JB, Miranda-Alves L, Brito FCF. Toxicology. 2022; 465:153067. doi: 10.1016/j.tox.2021.153067.

Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas